MANOEL GEORGINO DO CARMO nasceu no dia 20 de junho de 1954, no Sítio Santa Cruz, município de Apodi-RN, Manoel Georgino do Carmo. Filho do agricultor Antonio Silvestre do Carmo e da doméstica Raimunda Gertrudes de Paiva, ele morou na zona rural até os dez anos de idade. Seus irmãos são: Ozanira, Matilde, Adalgisa, Walter, Irenaldo e Gilca., passando a morar na cidade, a partir do ano de 1964.
Logo que se instalou na urbe, Manoel Georgino ingressou juntamente com seus
irmãos na escolinha da professora “Maria de João Leite” e, um ano depois,
freqüentou a escolinha da professora “Lourdes Mota”, onde foi preparado para o
exame de admissão. Foi aprovado no exame e matriculou-se na Escola Estadual
Professor “Antonio Dantas”, na qual concluiu o curso ginasial e o ensino médio.
Antes de ingressar no ginásio já frequentava a Escola de Música da FUNDEVAP
(Fundação para o Desenvolvimento do Vale do Apodi), onde teve uma grande
colaboração do pároco holandês da cidade de Apodi, Padre Pedro Neefs. Naquela
época ele tinha apenas treze anos de idade. Seu professor de música foi o
maestro e sargento da polícia militar do Estado, João Evangelista de Sousa.
Com apenas quinze dias de aulas teóricas e práticas, Georgino já tocava
tuba na banda de música “Alex Maia”. Sendo assim, ainda criança, acabou
estreando sua carreira artística musical nas festividades da SEGUNDA PROFÉ,
promovida pela Diocese de Mossoró-RN e realizada naquela cidade. No ano de 1967
foi fundador e tornou-se contrabaixista do conjunto musical ”Os Diamantes”
(posteriormente denominado “Os Explosivos”, já como guitarrista solo), chegando
a fazer sucesso nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, durante o
período de 1968 a 1977. Com a saída de Evangelista, ele assumiu sua cadeira de
maestro da banda de música “Alex Maia” durante dois anos.
Em 1980, ingressou na Secretaria de Educação do Estado como professor,
onde militou no movimento dos educadores durante treze anos. No cargo de
Coordenador Regional da APRN – Associação de Professores do Rio Grande do Norte
– fundou a Casa do Professor em Apodi, que serve de apoio para todos os sócios
da entidade na região. No ano de 1981 escreveu sua primeira obra literária, com
o título “SENTENÇAS”, mas como tal obra lançava fortes críticas contra o
governo da ditadura, sua publicação não foi liberada.
Em 11 de abril de 1982, casou-se com Dorezilda Tôrres de Lima. No dia 1º
de abril de 1983, nasceu seu primeiro filho, Roosevelt Emmanuel Lima Carmo.
Naquele mesmo ano ele ocupou a vaga de tecladista do conjunto musical “Os
Dominantes”, chegando a representar a explosão musical dos Anos 80, nos estados
do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Pernambuco.
Ainda nos anos oitenta, participou ativamente de todo o processo de
reforma do Estatuto do Magistério da rede estadual de educação, coordenando
esses trabalhos nos municípios de Apodi, Felipe Guerra, Severiano Melo, Rodolfo
Fernandes, Itaú e Tabuleiro Grande. Também coordenou os trabalhos de elaboração
do Estatuto do Magistério dos municípios acima citados. Naquele mesmo período
ele se encontrava lotado no 13º Núcleo Regional de Educação – NURE (atualmente
denominado DIRED) – com a função de Coordenador Regional de Educação Física,
Esporte Para todos e Ensino Religioso.
Em 1985 escreveu uma obra de literatura de cordel “APODI URGENTE”, obra
na qual denunciava a destruição dos “Lajedos de Soledade” – provocada pelas
atividades de extração da pedra calcária na Chapada do Apodi – e o descaso das
administrações públicas daquele município em relação ao nosso patrimônio
público e histórico, como arquiteturas antigas, etc. Tal obra estimulou as
autoridades judiciais a embargarem a destruição do prédio antigo onde
funcionava a Cadeia e a Prefeitura Municipal, chegando a ser recuperado posteriormente
por outra administração e passando a ser utilizado até hoje apenas como sede da
Prefeitura Municipal de Apodi. No dia 20 de janeiro de 1985, nasceu sua filha,
Ruciane Emmanuelle Lima Carmo. Georgino também foi membro da comissão estadual
de educadores, que tratou do processo de transformação da APRN em sindicato,
hoje SINTE-RN. Já no dia 31 de agosto de 1988 nasceu mais uma filha, Renata
Eska Lima Carmo.
Em 1990, iniciou um trabalho de conscientização com os moradores do
Conjunto do IPE – conjunto dos teimosos – que resultou na conquista do direito
de posse das casas, como também das instalações de energia e água nas ruas e
residências, introduziu um programa de alfabetização para as crianças daquela
comunidade, sob coordenação do 13º NURE.
Ele participou ativamente do processo de fundação das Associações de
Mini-produtores de Sítios Reunidos das comunidades de Queimadas, Sororoca,
Soledade, Córrego e Melancias. Nesse mesmo período fundou o Sindicato dos
Trabalhadores Públicos Municipais de Apodi – SINTRAPMA. Além de outras
contribuições a favor da nossa cultura, Georgino também contribuiu na política,
chegando a ser candidato a prefeito de Apodi no ano de 1992.
Em 1993 ingressou na Faculdade de Filosofia, mas, dois anos depois,
precisou interromper seus estudos para se dedicar ao comércio. Essa nova
atividade durou pouco.
Em janeiro de 2003 lançou mais uma obra literária com o título “ENSAIOS
POÉTICOS”, editada pela Fundação Ving-tun Rosado – Coleção Mossoroense.
Atualmente mora na cidade de Mossoró-RN, na qual exerce as funções de
professor, diretor de uma Unidade Básica de Saúde e músico do conjunto
“Tremendões de Mossoró” e escritor, chegando a escrever mais duas obras
literárias com os seguintes títulos: Encantos do Meu Sertão (poemas), e PENSAMENTOS
– A Terapia do Intelecto (mais de 200 pensamentos de sua autoria). Tais livros
já se encontram em fase de edição pela editora Coleção Mossoroense.
Agora está escrevendo outro livro com o título: Herdeiros de Um Paraíso
Perdido.
FONTE:
MANOEL GEORGINO DO CARMO
INFORMAÇÕES
COLHIDAS POR FRANCISCO VERÍSSIMO
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